Mistério até a última dose
Ao longo da vida, nós temos amigos de todos os tipos. Alguns são da vida inteira, outros são de anteontem, outros são mais recentes e outros nós até chamamos de amigos, mas não temos noção de quem são. Passam batidos como as ondas que morrem na praia, avançam pela areia e depois voltam para o mar, sem deixar marca que a diferencie das outras.
Luciano de Pádua Fleury é meu amigo da vida inteira. Primo dos meus primos, jogávamos futebol no jardim da casa da minha avó Wilma, quando tínhamos cinco anos de idade.
É dos maiores talentos para música que eu conheci e, por conta disso, na juventude, chegamos a fazer algumas músicas juntos, que até que foram bem cantadas nas noitadas daquele tempo.
Mas o tema de hoje é outro. É o filho do Luciano, o Pedro, que eu não sei se sabe fazer música, mas que, além de advogado criminalista, escreve muito bem e acaba de lançar um novo livro, um romance policial, gênero que parece fácil, mas que exige competência para não cair no ridículo.
O livro se chama “Mistério Até a Última Dose”. Das coisas mais difíceis é dar título para livro ou artigo e o título do livro do Pedro não poderia ter sido mais bem escolhido. É intrigante e tem tudo a ver com o personagem principal e com a trama.
Eu não falo mais nada sobre o conteúdo porque livro policial tem que ter mistério, senão, na maioria das vezes, perde a graça.
“Mistério Até a Última Dose” tem roteiro, conteúdo, ganchos inteligentes e, o principal num livro policial, tem ritmo. A história flui dentro de bitolas largas, onde os pontos se unem, as retas não se encontram, até que, no final do universo, as paralelas se juntam e dão sentido aos fatos.
Além disso, o livro trata de problemas e conflitos humanos que nos levam além da narrativa. A história é boa e, no todo, o livro é mais.
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