A CET implica com a ponte
A CET implica com a Ponte Cidade Jardim. Não tem o que fazer. Nela eles apagaram o nome com a tranquilidade dos analfabetos funcionais que não têm noção da importância dos marcos urbanos.
Tanto faz se outras pontes das duas marginais têm dois nomes. A Ponte da Cidade Universitária é um bom exemplo e eu garanto que ninguém sabe o segundo nome, razão pela qual eu não vou contar.
Ela fica perto, chama a atenção, mas não explica o porquê da CET apagar o nome Cidade Jardim da Ponte Cidade Jardim.
Eu não conheço o Engenheiro Roberto Zuccolo. Sei que foi líder de classe, que tem uma bela carreira, mas isso não é motivo para trocarem o nome de um marco da cidade pelo seu nome.
Ainda que ele fosse Sócrates, Guilherme Segundo ou Carlos Quinto, não seria razão para apagarem o nome da ponte. Ela marca a travessia do Pinheiros, a expansão de São Paulo em direção à outra margem, abrindo espaço para o Morumbi e tudo que veio depois.
Mas a gloriosa incompetente, a dona do caos que para São Paulo, a responsável pela má avaliação do prefeito, insiste no absurdo. Segue em frente apagando a história, enquanto arrumar o trânsito, que seria sua missão precípua, segue um sonho distante, transformado em pesadelo para todos que, por uma razão ou outra, precisam trafegar por São Paulo.
A falta de respeito com quem veio antes é marca registrada da mediocridade nacional, que, ao mesmo tempo que nos condena à pobreza, tenta apagar os competentes do passado para evitar comparações.
A CET prima por ser ruim. Mas tanto faz a desculpa, bajula os donos do poder e segue em frente. Aumenta e diminui velocidades de acordo com a vontade deles, mas resolver os problemas do trânsito e manter os marcos urbanos vivos, isso não passa pela ideia de seus dirigentes.
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