O bom é o centro
Entre a esquerda e a direita, o melhor é ficar no cento, no bom e velho centro que a esquerda e a direita tentam demonizar, mas que é o lugar onde o brasileiro sempre se refugiou nas horas mais complicadas da história da pátria.
A esquerda é a esquerda e não precisa apresentação, entre os maiores escândalos da vida nacional o Mensalão e a Lava Jato, são suficientes para dar uma pequena amostra do que a esquerda é capaz de fazer. Afinal de contas na visão da esquerda bom é tirar dos ricos para dividir a riqueza entre ricos e pobres, mas, também na visão deles, alguns pobres são mais pobres do que os outros, então nada mais justo do que os eleitos ficarem com o butim.
A direita é a direita e, também, não é tão diferente da esquerda, ou melhor a extrema direita não é diferente da extrema esquerda e isso desfaz qualquer diferença. São iguais e o mais recente escândalo, pelo menos até escrever essa crônica, o assalto aos aposentados do INSS mostra isso com toda clareza. Começou numa para acabar – se é que acabou – na outra.
O curioso é que num golpe de mais de seis bilhões de reais, tungados a fórceps das contas dos aposentados, não tem nenhum culpado. Se fala genericamente nos sindicatos e nas entidades que participaram do golpe, mas não tem o nome de ninguém para servir de exemplo. E, também, não tem CPMI, afinal não interessa aos dois lados mexer nesse vespeiro.
“Vamos empurrar com a barriga, já, já, surge outro escândalo e a gente joga esse para baixo do tapete. Esquece, faz de conta que não aconteceu e se tiver como, não vai buscar a grana tungada, ela está nas mãos dos companheiros, é maldade mudar isso”.
Enfim, voltando para o começo, é preciso fazer alguma coisa para tirar da esquerda e da direita o protagonismo da vida nacional. Bom é o centro.
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