O centro do mundo é o umbigo
Eu estava trafegando pela Rua Itambé, em frente ao Mackenzie, quando o motorista que estava na minha frente, sem nenhuma razão e sem qualquer sinal – além da luz se acender quando ele meteu o pé no breque – brecou de repente, parando no sinal de pedestre que estava desligado e sem nenhum pedestre próximo da faixa.
Brecada estúpida, de quem não tem noção do que é dirigir. Ele simplesmente meteu o pé no breque, sem olhar para o lado, sem olhar pelo espelho retrovisor, nem se preocupar com quem poderia vir atrás.
Ao meu lado trafegava uma moto, os dois devagar por causa da chuva e da pista molhada. Quando o motorista da frente brecou, eu brequei e o meu carro, com eficientes freios ABS e pneus novos, parou sem maiores problemas, sem derrapar ou ameaçar bater no carro da frente.
Mas o motoqueiro ao meu lado teve menos sorte. Com os pneus finos da moto, a pista molhada e a brecada inesperada e desnecessária, ele brecou, mas a moto deslizou e caiu, vinte centímetros antes de bater no carro que tinha brecado.
Eu parei para ver se o piloto estava bem. Alguém que passava pela rua veio auxiliar e o motoqueiro, segundo ele mesmo, graças a Deus, não sofreu nenhum ferimento.
Vocês imaginam que o carro que causou o acidente se deu por achado ou parou para auxiliar o rapaz? Ledo engano.
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Ficou um pouco parado, com certeza olhando pelo retrovisor, e quando o motoqueiro começou a se levantar, simplesmente acelerou e foi embora, deixando a cena do crime para trás.
Lamentavelmente, este relato não é exceção. Invariavelmente o responsável pelo acidente acelera e se manda, sem prestar qualquer assistência ou ao menos perguntar se a vítima precisa de ajuda.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.