Antes tarde do que nunca
Conversa vai, conversa vem, a verdade é que até agora não existe um remédio específico para combater o coronavírus, como também não existe uma vacina.
Os americanos falam em vacina, os chineses falam em vacina, tem quem fale em plasma como forma de impedir o vírus de se infiltrar nas células, mas o fato concreto é que, neste momento, não existe um medicamento nem uma vacina comprovadamente eficiente conta a covid19.
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E, por mais rápido que a vacina e o remédio sejam desenvolvidos, só milagre vai fazer o Brasil ter um ou outro antes do fim do ano.
Não tem mágica debaixo do sol, as coisas são como são e as pesquisas no campo da medicina apresentam resultados depois de anos de trabalho, pesquisas, experiências, testes e o mais necessário para garantir a segurança do paciente, antes da utilização do novo medicamento.
Nem poderia ser diferente. Uma coisa é teste em laboratório, outra completamente diferente é a aplicação da droga num ser humano, no universo real. Invariavelmente, o que funciona em tubos de ensaio não funciona tão bem assim numa pessoa.
Os cientistas sabem disso. Então não prometem nada, nem para o bem, nem para o mal. Apenas seguem trabalhando na busca da vacina e da cura para a covid19. E quando alcançam um ponto que justifica, escrevem artigos técnicos e científicos, dando conta do que fizeram, dos progressos e das expectativas.
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O show da solução mágica é o território dos populistas, dos que precisam levar o povo no bico para se manterem no poder.
O que precisamos ter claro, neste momento muito complicado, é que a vacina e o remédio vão chegar mais rápido do que em qualquer outra situação do passado. Assim, realisticamente, antes tarde do que nunca.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.