Pressione enter para ver os resultados ou esc para cancelar.

Para refletir em casa

 

O assassinato brutal e com requintes de crueldade de George Floyd por um policial em Minneapolis, Estados Unidos, foi o estopim para a explosão de um espontâneo movimento antirracismo, que se iniciou próximo ao local do assassinato, se espalhou pelo país e acabou tomando proporções internacionais, ao tomar vulto especialmente na Europa.

Leia também: Nem tudo é festa

A vítima do ato foi um homem negro e o autor do crime um policial branco. Mas a questão transcende o centenário racismo norte-americano, retratado na luta dos anos 1960, onde nomes como Martim Luther King e Malcom X se destacaram pelas posições claras e absolutamente divergentes em defesa dos direitos dos negros.

O que o assassinato de George Floyd joga na cara das pessoas é o comportamento de grande parte da humanidade.

O racismo não é criação dos Estados Unidos. Ele sempre existiu em todo o mundo, seja nas Américas, na Ásia, na Europa e na África.

As diferenças de raça voltam ao começo da história das civilizações. Nas mais antigas sociedades as diferenças de raça já eram uma realidade suficientemente forte para determinar quem era livre e quem era escravo.

A própria democracia ateniense aceitava como eleitores apenas quarenta mil gregos nascidos na cidade. Os demais cento e cinquenta mil habitantes não podiam votar porque eram escravos ou estrangeiros, ou seja, pessoas com menos direitos em função de raça e condição social.

Leia também: Democracia, democracia e democracia

Ao longo da história, o racismo sempre esteve presente. O apogeu foi o holocausto judeu, praticado pelos nazistas. Mas ele vai além. Está disseminado entre todos os povos e sociedades e surge em pequenos detalhes que nem sempre são vistos como racismo. O racismo é odioso e injusto. Todos os seres humanos são iguais, independentemente da cor. Eu sei que você não é racista, mas você combate essa tragédia?

Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.