Mudança de rumo
De repente, notícias boas. Segundo as últimas projeções, o Brasil deve crescer mais do que estava previsto, com gente já falando em 4% ao longo de 2021.
A razão foi um impacto menor do que o previsto da segunda onda do coronavírus sobre a economia. Por conta de ficar menos em casa, o brasileiro deu a colher de chá que a economia precisava para acelerar o motor e, de repente, deslanchar e prometer um ano mais favorável, mais amigável e mais próspero para todos nós.
Que assim seja. Que a economia acelere para valer e que as mazelas que vinham atrapalhando o país possam ser, se não removidas, pelo menos minoradas.
Pode mais quem chora menos. Por que ele e não eu? É a pergunta que todos fazem e que não explica muita coisa, mas pelo menos mostra que tem gente se dando bem.
Por uma razão ou outra, o barco desse setor está mais acelerado do que o daquele. Um segue com vento de popa, o outro com vento de proa. Espera-se que, em algum momento, o que navega contra o vento dê o bordo e também entre em rota segura e constante, com vento de través enfunando suas velas e refazendo a vida de milhões de pessoas que perderam seus empregos. Para não falar nos que estão ameaçados pela fome.
A economia crescer é uma boa notícia e nada melhor do que boa notícia para fazer bem e aquecer o dia. As ameaças não passaram, nem o risco de dar tudo errado está completamente afastado. Ainda falta muito para vacinarmos toda a população e o vírus é mais rápido do que nós. Se a vacina chegar, pode ser que mude…ou não…
Ninguém sabe o que vai acontecer amanhã, mas “o pão nosso de cada dia nos dai hoje”. Amanhã é outro dia.
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