Doe sangue
Entre as boas manias dos brasileiros não está a doação de sangue. Por alguma razão ainda não completamente esclarecida, o nosso povo não doa com a regularidade necessária para manter os bancos de sangue abastecidos com a folga que seria ideal.
É comum os bancos de sangue do país trabalharem no limite mínimo de segurança, quando não abaixo deste limite, porque, por uma razão ou outra, as doações, que já são baixas, ficam mais baixas ainda.
As férias de verão estão aí. Nelas, a situação se complica muito mais. A soma perversa do aumento das necessidades de sangue com a redução das doações leva os estoques a níveis extremamente baixos, colocando em risco a vida de milhares de pessoas, que precisarão de sangue no período, mas correm o risco de não receberem porque os bancos de sangue estarão desabastecidos.
Os tipos de sangue não são os mesmos, nem as doações são homogêneas. Quer dizer, há tipos mais comuns e tipos mais raros, como é o caso, por exemplo, do sangue O negativo.
Ainda que sendo doador universal, o portador deste tipo de sangue só recebe de outro O negativo. Como é o menos comum dos tipos de sangue, os estoques ficam mais baixos ainda, comprometendo a possibilidade de atendimento de um O negativo vítima de um acidente em que tenha perdido muito sangue.
Doar sangue é rápido, não dói, não tira pedaço, não enfraquece, nem impede a prática de qualquer atividade física. Em menos de 24 horas, o doador está apto a tocar a vida, dentro das rotinas a que está habituado.
Por outro lado, doar sangue pode salvar a vida de alguém que sofreu um acidente ou por qualquer outra razão tem necessidade de fazer uma transfusão. Pense nisso. Solidariedade é mais do que ser legal.
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