A CET não se corrige
Entre as várias mensagens que eu recebo da CET tentando explicar o inexplicável e invariavelmente colocando a carapuça, uma das informações mais comuns é que a CET, em respeito ao contribuinte, reduziu as pegadinhas para multar os motoristas.
Quem circula por São Paulo sabe que isso não é verdade. É só olhar a quantidade de marronzinhos espalhados pelas pontes e viadutos, com seus radares portáteis multando os motociclistas, para se ter certeza que não é verdade.
A discussão aqui não é se os motoqueiros são ou não são uma ameaça ao trânsito, a discussão passa pela forma como eles são autuados, com agentes escondidos, estrategicamente colocados para multá-los.
Mas não é só aí que é possível ver como a CET age para engordar o caixa da Prefeitura e fazer a festa com os salários dos funcionários garantidos pelas multas.
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A quantidade de ruas em que a velocidade muda sem qualquer razão é assustadora. De repente de 50 cai para 40 e em seguida é 30 quilômetros por hora, sem que a rua tenha sofrido qualquer modificação de traçado ou tenha um cruzamento mais complicado ou qualquer outra razão que justifique as diferentes velocidades.
Mas a explicação é simples e pode ser vista na quantidade de radares colocados logo depois da placa com a nova velocidade.
Dizer que isso não é feito para multar é tão ridículo como tentar acalmar bebê colocando a fralda molhada na sua boca. Ou imaginar que o paulistano acredita em Papai Noel jogando bolinha de gude com o Coelhinho da Páscoa.
O que a CET quer é multar. Arrumar o trânsito não interessa, até porque, se fizer isso, automaticamente o número de multas cai.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda à sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.
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