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Os novos são piores

O Brasil foi sistematicamente planejado para dar errado. A tarefa começou em 1988, com a promulgação da Constituição Cidadã, responsável por milhões de miseráveis, analfabetos e desvalidos de toda sorte que habitam este país rico, dilapidado por uma nomenclatura mais eficiente do que os funcionários do Partido Comunista da antiga União Soviética na defesa de seus interesses.

Aqui não há limites e quando alguém ameaça começar alguma coisa que mude o quadro, ainda que menos de um milímetro para um lado ou para o outro, a malta de nababos se une e imediatamente impede, tranca, derruba e aniquila todas as iniciativas para modernizar a nação.

Para que ensino bom, medicina eficiente, condições e locais de trabalho dignos? Para que formar cidadãos capazes de entender o que está acontecendo e o que estão fazendo com seus recursos?

Não, o bom é um bando de analfabetos funcionais, que servem de massa de manobra para não deixarem mexer uma vírgula no status quo, e mantê-los próximos da miséria enquanto os marajás nadam de braçada, vivendo feito os nobres franceses antes da Revolução ou como os turistas nórdicos quando viajam para o sul da Europa.

Mas isso a gente já sabia e tinha mostrado. Então, qual o fato novo? O fato novo é apavorante. Peço a quem ainda não o fez que o faça. Preste atenção nas barbaridades que alguns candidatos aos mais elevados cargos da pátria são capazes de dizer sem ao menos se ruborizarem.

Vale tudo, à esquerda e à direita. A quantidade de sandices, o desconhecimento mínimo do funcionamento de uma sociedade organizada mostra que são completamente despreparados e que com eles o Brasil tem tudo para ficar muito pior do que está. Cuidado! O canto das sereias tradicionalmente atraía os navios para naufragar nos rochedos.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.