Orgulho de ser são-paulino
As glórias do São Paulo Futebol Clube se perdem na história do esporte, remontam ao começo dos campeonatos, segue rija e forte ao longo de todo o século 20, se plasma nos campeonatos mundiais e brilha radiosa em cima do Morumbi, um estádio construído sem malandragem com o governo.
Ser são-paulino é dormir de peito estufado, orgulhoso da história, do caráter e da postura do time, inclusive agora, quando acham que ele está caindo pelas tabelas.
Não é nada disso. Eu já escrevi outras vezes, o São Paulo tem um objetivo e um plano para atingi-lo. Isso só não aconteceu dois Brasileirões atrás porque os outros times são muito ruins e não fizeram sua parte. Não venceram o tricolor do Morumbi e assim impediram que um planejamento altamente profissional resultasse na queda do esquadrão.
Queda planejada para mostrar o desastre em que se transformou o futebol no país. Queda para deixar claro que a segunda divisão do campeonato português tem jogos muito mais técnicos e elaborados. Queda para dar uma mexida dura e profunda nas estruturas do futebol brasileiro.
Este ano não é diferente. O São Paulo se dispôs a ir para o sacrifício para mostrar o que está acontecendo nos nossos gramados.
Para não deixar dúvidas, o São Paulo começou perdendo o torneio do Mickey, na Flórida, para o ano que vem disputar o Beto Carrero, por aqui.
O recado não poderia ter sido mais incisivo. A mensagem não permitia releitura. O futebol brasileiro está doente, na UTI e se encaminhando para um final melancólico.
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Não é só o São Paulo que está jogando mal, não é só o São Paulo que não tem craques, que dá vexame. Todos os times são muito ruins. Mas só o São Paulo está fazendo algo para mudar isso. Nós vamos cair.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.
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