Algumas árvores
A árvore que mais marcou minha vida é a figueira do gramado da fazenda de Louveira. É uma árvore enorme, com os longos galhos se espalhando por uma vasta área do gramadão em frente da sede. É tão grande que meu pai montou a festa de casamento de minha irmã Leninha debaixo dela.
Além da figueira do gramadão, a fazenda tem outras duas figueiras que impressionam. Uma figueira brava, encostada no muro da cocheira das vacas, e outra figueira “benjamim”, a mesma espécie da figueira do gramado, no morro que desce para a colônia.
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E tem eucaliptos centenários que não fazem feio na comparação com qualquer outro eucalipto plantado no país, nem mesmo se comparados com os eucaliptos plantados no Parque do Ibirapuera.
No Largo do Arouche, entre as várias árvores de porte, tem uma que se destaca, com direito a grade e placa. É enorme e sobe rija para o céu, como se quisesse falar com as nuvens.
A Santa Casa tem um ipê amarelo, famoso pelas floradas que predizem o ano da Irmandade. É uma árvore impressionante, mas nem de longe se aproxima de alguns ipês que ainda sobrevivem na Mata Atlântica e que precisam de vários homens para abraçar seu tronco.
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Tipuanas espalhadas pela cidade não fazem feio. O problema é que várias delas estão bichadas ou com as raízes podres. Por isso, na época das tempestades de verão, caem levando consigo o que tem embaixo.
Para não falar em algumas castanheiras e nogueiras, autóctones ou importadas, como uma no jardim do Iate Clube, que espalham seus galhos e suas raízes por uma grande área em volta.
A USP tem algumas árvores maravilhosas. Entre elas, outro dia, descobri uma paineira rara. Excepcionalmente alta, a árvore é linda.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.