A violência retorna ao Butantã
O Brasil tem mais de cem mil mortes violentas todos os anos. Dito isso, e sabendo que mais de sessenta mil são assassinatos, discutir a violência que retorna às ruas do Butantã pode parecer muito pequeno.
Mas não é. Os assaltos a mão armada são frequentes, especialmente nas ruas da região. Pouca gente perde tempo fazendo Boletins de Ocorrência em função de assaltos praticados ao longo das ruas por duplas em motocicletas, que se aproximam das pessoas nas calçadas, o garupa aponta a arma e lá se vai a bolsa, a pasta, o celular, etc.
É verdade que a iluminação não tem ajudado as pessoas de bem. Agora mesmo, a Rua Alvarenga atravessa um longo período de mais de quinze dias de trevas, sem uma única lâmpada acesa entre a Ponte da Cidade Universitária e a Avenida Vital Brasil.
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No escuro das manhãs de inverno é fácil os ladrões agirem. Chegam rapidamente, montados na motocicleta, apontam a arma e, em menos de trinta segundos, vão embora com o resultado do assalto.
Mas não é só na Alvarenga que eles estão fazendo a festa. Outras ruas do bairro servem de palco para a ação dos bandidos. E algumas casas também estão sendo assaltadas.
Quer dizer, o pêndulo está de novo balançando para o lado da insegurança, da volta da violência e das consequências dramáticas que ela tem na vida das pessoas.
Semana passada, mais uma honesta trabalhadora foi assaltada na Rua Alvarenga, às seis horas da manhã, quando chegava no seu emprego.
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Encontrei-a pouco depois, ainda tremendo, abalada com o assalto que não levou mais de vinte segundos para começar e acabar.
Como seria bom se dessem um jeito na iluminação e tivesse mais policiamento no local…
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