Doar sangue não dói e faz bem
Mais uma vez, os estoques de sangue da rede hospitalar paulistana estão baixos, bem abaixo do que seria o mínimo num quadro de segurança.
Fim de férias, frio, o momento do ano não ajuda, por isso mesmo, você precisa ajudar. Não adianta ficar na torcida, esperando que o outro faça.
Faz alguns dias, conversando com um amigo que precisava uma ajuda, eu disse que estava difícil e ele me respondeu: “Não se preocupe, vou torcer muito por você. Tenho certeza que você consegue”.
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Não tenho nada contra torcerem por mim. Faz bem, são energias positivas e, quanto mais energia positiva, melhor.
Mas acredito que, além das energias positivas – que, eu insisto, aceito com muito gosto -, fazer concretamente o que precisa ser feito costuma ser mais eficiente.
A regra se aplica a doar sangue. Doar sangue costuma ser mais eficaz do que ficar na torcida para os outros doarem sangue.
Os outros doarem sangue faz bem, dá uma certa tranquilidade, quase a certeza de que vai ter se precisar. Mas pode faltar.
E precisar é dessas coisas que ninguém consegue saber muito bem quando será. Pode ser hoje, amanhã ou nunca. Mas é melhor ter do que não ter e, para ter, alguém, ou muitos, têm que arregaçar as mangas, esticar o braço, mostrar as veias e deixar enfiarem uma agulha.
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Pode parecer cruel, tortura de comunista para arrancar os segredos do agente da CIA, mas não é. Não dói, não atrapalha o resto do dia e faz bem pra alma.
Faz bem pra alma, pro espírito e pra consciência, que fica mais tranquila porque fizemos o que tinha que ser feito, o que era certo fazer.
É impressionante como fazer o bem faz bem. Doe sangue e viva essa experiência!
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.