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A hora é a hora

Tem gente que acredita que Deus ajuda quem cedo madruga. Outros dizem que quem cedo madruga passa o dia com sono. As duas posições podem ser verdadeiras, por isso mesmo não são absolutas.

Já tratei do tema e volto a insistir: quem cedo madruga só acorda cedo.

Mais ou menos, porque isso envolve variáveis tremendas, que não são impositivas para todo mundo. Tem quem acorda cedo porque acorda, tem quem acorda tarde porque acorda. Tem quem acorda cedo porque precisa, tem quem acorda tarde porque perdeu a hora.

Enfim, o assunto é infindável e as 24 horas de um dia não seriam suficientes para discutir todos os aspectos personalíssimos que fazem ou não acordar cedo ser mais do que acordar cedo.

O tema é tão complexo que se alguém disser que eu acordo cedo porque gosto, tem que ser aceito, ainda que o outro achando que acordar cedo é perda de tempo.

Tanto faz, quem cedo madruga acorda cedo. Essa verdade é inegável. Se a pessoa acorda de madrugada, ela está acordando cedo em relação ao nascer do dia.

É um parâmetro absoluto. Acordar com o romper do sol é acordar cedo, é sair da cama no começo da manhã.

Mas mesmo o conceito de cedo é relativo. Para alguém habituado a acordar todos os dias por volta do meio dia, sair da cama às dez e meia é cedo.

Nesse cenário, acorda cedo quem quer ou quem precisa. Tanto faz. Se a felicidade é um momento de absoluto deslumbramento, acordar cedo ou tarde só tem sentido se for pra amar mais a pessoa amada.

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Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.