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Sonhar alto é a melhor vingança

O tempo parado no trânsito pode ser usado de várias formas. Pode ser simplesmente perdido, pode servir para amadurecer decisões, pode servir para sonhar e até criar novas esperanças.

Cada um é cada um. Assim, cada um sabe de si, do que quer fazer da vida. Se vale a pena investir, se é hora de sacar, enfim, do que fazer diante do fato irreversível de que a cada momento, no trânsito ou não, chegamos mais perto da hora de partir.

Antes da hora é cedo, depois da hora é tarde. O velho provérbio militar perdeu o sentido na cidade de São Paulo. Aqui tudo é possível e as coisas acontecem fora do planejado, como se, em algum lugar muito longe, isso tudo estivesse previsto, e os ET’s se divertem vendo nosso desespero diante da impossibilidade de fazer qualquer coisa que nos tire da rua parada.

Tem gente que aproveita os engarrafamentos para multar. Tem gente que faz força para ser multado. Tem quem não tem nada com isso e imagina que ônibus acelerando signifique um futuro melhor. Pena que não é nada disso.

Lá na frente, com faixa ou sem faixa, para tudo e não tem o que fazer, a não ser ficar em pé, de braço levantado, suando, dentro do coletivo lotado, debaixo do sol e sem ar-condicionado.

Vivendo a realidade dramática de quem mora em São Paulo, eu tenho uma certeza. Eu sei que ter certezas é a melhor forma de estar errado. Mas neste caso não é. Minha certeza é clara, transparente, absoluta: no futuro eu vou usar helicóptero. Bem aventurados os que veem o congestionamento do alto e depois dão palpite como se soubessem do que estão falando.

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Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.