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Isolamento social

 

Estamos em isolamento social. É uma maneira jeitosa de dizer que estamos confinados. Na verdade, estamos presos dentro de nossas casas e não tem o que fazer. Ou nos confinamos, ou nos confinamos, qualquer outra alternativa será pior.

Em momento de vírus que é mais rápido do que nossas ações para conte-lo, o jeito é nos confinarmos para não permitir que o vírus pule de um para o outro e assim diminuir o ritmo da sua propagação.

A briga não é para ganhar dele, é para não deixar instalar o caos na rede de saúde, que não teria condições de absorver todos os doentes, se a Covid19 atingisse milhares de pessoas ao mesmo tempo.

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A primeira pergunta que todos os isolados fazem quando acordam de manhã é quando esse inferno vai acabar?

No meio de uma situação extremamente complexa e com poucas respostas, esta é a única que é fácil. Vai acabar quando acabar. Como aconteceu com todas as pestes e epidemias que assolaram o planeta, e atingiram o ser humano na sua passagem.

É verdade, nas vezes anteriores a ciência não estava no estágio atual, mas se isso não serviu para muita coisa no passado, também não deve servir para muita coisa agora.

As epidemias tem um ciclo que se cumpre com ou sem vacina, com ou sem tratamento. Elas chegam, se espalham, fazem sua parte e vão embora no momento em que têm que ir, tanto faz o que façamos.

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Esta vez não será diferente, mas neste momento estamos em isolamento social, prisioneiros em nossas casas, sem muita coisa para fazer, sem poder trabalhar, sem ganhar o pão nosso de cada dia.

E o drama de milhões de pessoas vai além, estão condenadas a ficar confinadas num espaço mínimo, porque não têm outro lugar para ficarem.

Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

 

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.