Cesar Giobbi
Não é raro de repente, sem muito porquê, sentimos saudades de alguém ou nos lembramos de um fato, de uma passagem em algum momento da vida. O gatilho pode ser o cheiro de pão assando, saindo da chaminé de uma padaria, o churrasco do vizinho ou simplesmente nada externo, apenas uma ideia que corta a mente ou um verso de música.
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Bate sem razão, entra e fica e traz lembranças boas. Pode também acontecer o contrário, a lembrança ser ruim ou trazer lembranças pesadas. Faz parte da vida. Ninguém tem só momentos felizões ou tragédias constantes. O meio termo, de um jeito ou de outro, mais ou menos, ao longo dos anos, prevalece. O que é muito bom.
Outro dia, vendo a foto de um por do sol, me lembrei de uma foto postada no Facebook pelo meu amigo Cesar Giobbi e a lembrança da foto me deu saudades dele.
Eu conheço o Cesare desde que era menino, no Guarujá. Frequentava sua casa, no pé do Morro do Maluf, e ele frequentava nosso apartamento. Além disso, nos cruzávamos no Iate Clube de Santos, onde meu pai me soltava de manhã cedo e ia me buscar no final do dia. O Cesare e o Tatu, seu irmão, também frequentavam o Iate, junto com o Mingo Fernandes e o Maurinho Monteiro.
O pai do Cesare tinha um veleiro, meu pai tinha a Colibri, o pai do Maurinho, o Simbade e o pai do Mingo tinha a lancha mais bonita do clube, a Brisa, uma Chris-Craft de 50 pés.
Sem nos vermos regularmente, nossas vidas correm mais ou menos paralelas e, ao longo dessas décadas, nunca perdi o Cesare de vista.
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Amável, das pessoas mais educadas que eu conheço, ele é inteligente, culto, agradável, divertido e amigo dos amigos. Isso não tem preço. Cesare, saudades suas!
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