Ponte Júlio de Mesquita Neto
A ponte Júlio de Mesquita Neto fica na marginal do Tietê, logo depois do Estadão, para quem segue na direção da Freguesia do Ó. É uma ponte relativamente diferente das outras pontes sobre as marginais. Ela não tem alças de acesso e é bem mais alta do que suas primas.
Se não me engano, foi a última das pontes inauguradas sobre o rio Tietê e seu nome é uma homenagem ao jornalista Júlio de Mesquita Neto, diretor responsável pelo jornal O Estado de S. Paulo até sua morte.
Eu costumo cruzá-la pelo menos uma vez por semana, quando saio da Rádio Eldorado, depois de gravar meus programas.
Se é relativamente chato chegar nela, por conta do trânsito infernal da marginal, depois que saímos da via expressa, entrando a direita para contornar o quarteirão, e caímos na rampa de acesso, a situação muda. Nunca peguei trânsito em cima da ponte Júlio de Mesquita Neto e suas pistas largas permitem que cruzemos rapidamente por cima do rio e da outra pista da marginal.
Depois da praça, no final dela, a Avenida Marques de São Vicente é outra estória, que não vem ao caso agora. O que eu quero é contar da vista de cima da ponte. A perspectiva de lá é deslumbrante. A visão se espalha larga, do alto, e por isso se estende por um bom pedaço da cidade cercado de prédios, a maioria novos, que criam um forte contraste com a natureza que vai, aos poucos, sendo engolida pela metrópole.
Em dia bonito, então, dá vontade de parar o carro e ficar um tempo parado em cima da ponte, pensando na vida, tendo como vista o perfil dos prédios se espalhando da Barra Funda até a Lapa, para criarem uma linha de horizonte onde o azul do céu, recortado pelos prédios desenha um espaço novo, mas que também é parte do lado belo de São Paulo.
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