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Bom mesmo é bacalhau à braz

 

Digam o que disserem, tem coisas que não mudam, nem ganham ou perdem substância. É o caso do bacalhau. Em princípio, todo bacalhau é bom, mas tem bacalhau melhor e bacalhau melhor ainda.

Esta escala é flexível e envolve uma série de variáveis mais ou menos constantes em todas as avaliações. O gosto do freguês conta. A simpatia do restaurante conta. A origem do bacalhau conta. A competência do cozinheiro conta. O vinho que acompanha também conta e assim por diante.

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Existem dezenas de formas de se preparar bacalhau. De bacalhau fresco a bacalhau salgado, as alternativas são quase infinitas, até porque alguns cozinheiros dão um toque pessoal em pratos clássicos, modificando mais ou menos o gosto original.

Tem quem goste de arroz de bacalhau, de açorda, bacalhau empanado, bacalhau com camarão, bacalhau sem camarão. Tem bacalhau à surpresa, com catupiry, sem catupiry, com batata cozida, batata palha, sem batata, etc.

O universo gastronômico envolvendo o peixe que é símbolo da cozinha portuguesa, muito embora seja pescado no distante atlântico norte, é maior que os dois lados do mar. Cape Code quer dizer cabo bacalhau e fica nos Estados Unidos. Do outro lado do oceano, a Escócia tem um grande bacalhau e a Dinamarca não fica atrás.

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Entre todas as alternativas, para mim, e é gosto pessoal, o melhor bacalhau é o bacalhau à Braz. Um dos mais simples e mais tradicionais, o bacalhau à Braz é imbatível.

E dependendo do restaurante onde a gente vai comê-lo, fica melhor ainda, imbatível e meio. Para quem gosta, São Paulo tem dois lugares que fazem bacalhau à Braz de ser servido aos anjos. A Tasca do João e da Maria e o Bela Cintra.

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.