Compreensão
Você disse que não, eu disse que sim. As duas posições são opostas, mas isso não quer dizer que tenhamos que brigar por causa delas. Cada um é cada um e a grande maravilha da democracia é dar o direito de cada um ser cada um, independentemente do que os outros pensam ou acham.
Na história da civilização ocidental, pelo menos nos últimos 300 anos, o ser humano jamais experimentou uma liberdade individual parecida com a dos dias atuais.
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Todas as minorias estão inseridas no contexto e ser ou deixar de ser é uma opção. Eu posso, mas não quero. Ou quero. E a lei me protege de todos os ataques, exceto se o meu querer violar a lei.
Não matar, não mentir, não ser perjuro, não roubar. São mandamentos tão antigos quanto a Bíblia e valem até hoje. É isso que baliza o que podemos ou não podemos. Hoje estão inseridos na lei humana, mas foram dados pela lei divina.
A nenhum ser humano é dado o direito de proibir outro ser humano. Mas o preconceito e a intolerância não morreram. Estão arraigados nas tradições e ainda cobram um preço absurdamente caro das sociedades e dos indivíduos.
O limite do que pode ou não pode é o limite da lei, mas é fundamental se ter claro que toda liberdade termina onde começa a liberdade do próximo.
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Eu não posso fazer tudo que quero, apenas porque quero. Eu posso ser o que quero, mas só posso fazer o que não atinge ou afeta o próximo.
A compreensão entre as pessoas é o melhor caminho para se evitar desacordos, brigas ou situações desagradáveis. E a melhor forma de se ter compreensão é se estar aberto para o mundo e respeitar as escolhas dos outros. Se você acha que você está certo o outro também tem o direito de achar que ele está certo e um tem que respeitar o outro.
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