Eleição é coisa séria
Dizia o Dr. Ulisses Guimarães que feio em eleição é perder, todo o resto pode. Mas bem mais feio é perder a noção das coisas, baixar muito o nível e, mesmo assim, perder.
A verdade vale para eleição de síndico, de conselho de administração de diretoria de time de futebol ou Mesa Administrativa de Santa Casa.
Leia também: O ocaso de um partido
Até a eleição, volta e meia se vê coisas feias sendo feitas por uma minoria que leva a ponderação do Dr. Ulisses às últimas consequências.
Tanto faz, passada a eleição é bola pra frente. É assim que o mundo anda. Quando se imagina que não tem mais jeito, que o mal venceu, os eleitores dão uma lição de bom senso, moderação e maturidade e hipotecam total apoio aos que querem fazer – e estão fazendo bem feito, faz tempo.
O Brasil acaba de ser palco de uma grande eleição, que escolheu mais de cinco mil prefeitos para governarem as cidades pelos próximos quatro anos.
As eleições municipais acabaram, o segundo turno consolidou e validou o voto da população, para colocar nas prefeituras os escolhidos pelo povo.
Em São Paulo, a escolha foi a que tinha que ser feita. Bruno Covas era a melhor opção. Se não for por nada, pelo seu comportamento na pandemia.
O dado novo, impensável até essa eleição, foi o fenômeno Boulos. Guilherme Boulos, até agora um líder radical, fez que amansou e cresceu naturalmente, no vácuo do desmoronamento do PT.
Leia também: Um dado apavorante
O PT vai ladeira abaixo, na velocidade da inclinação da montanha. O desserviço prestado pelo grande líder Lula desmontou um dos principais partidos do país.
Se o PSOL aguenta ser estrela ninguém sabe, mas Guilherme Boulos com certeza ganhou seu espaço na cena brasileira.
Siga nosso podcast para receber minhas crônicas diariamente. Disponível nas principais plataformas: Spotify, Google Podcast e outras.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.