A CET saiu de cena
Não sei se você reparou, mas o trânsito, com todos os semáforos quebrados, piscando ou embandeirados, nunca esteve tão bom como depois da metade do ano passado, em plena pandemia.
Preste atenção. Os congestionamentos estão mais rápidos, os nós se desfazem naturalmente, a velocidade das ruas aumentou.
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E isso tudo aconteceu tendo como contrapartida a redução da fiscalização, o que fez com que motoristas de caminhão de entregas e aplicativos, seguidos por motoristas de todas as classes, simplesmente transformassem as ruas em parques de diversão. Param como querem, andam como querem, inclusive de macha-ré e na contramão.
Num cenário de lei e ordem, como o conseguido pelos caubóis no final dos filmes de mocinho e bandido, o ideal, o sonho de consumo, seria uma cidade pacificada, desarmada, física e moralmente.
Mas não é isso que nós temos. O ódio, a raiva e a competição são componentes indispensáveis na dieta dos mais variados motoristas, dirigindo os mais variados veículos. E o resultado, muitas vezes, é dramático.
Pode mais quem chora menos. Mesmo em meio ao caos, em meio à falta de respeito por qualquer norma, nos últimos meses, o trânsito da cidade tem andado muito melhor.
Não é mágica. O fenômeno tem explicação. A CET, a famigerada encarregada de nossas ruas, dezenas de vezes premiada com o título de a mais incompetente empresa do mundo, sumiu do mapa.
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Não tem mais marronzinho nas ruas, não tem mais multas absurdas, não tem mais gente fingindo que trabalha quando de verdade não faz nada.
É verdade, os radares continuam operantes e multando, mas, no mais, sem a CET, São Paulo está fluindo muito melhor.
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