O Último Pistoleiro
Não confunda “O Último Pistoleiro” com a dura realidade do mundo atual onde pistoleiros e pistoleiras de todos os tipos tentam se dar bem, sem carregar revólveres Colt ou carabinas Winchester.
“O Último Pistoleiro” é um filme genial e pouco conhecido, que mostra o fim do “velho oeste”, substituído pelas modernidades do começo do século 20, energia elétrica, telefone, bonde e automóvel, no lugar dos cavalos e diligências que, entre os anos 1930 e 1870, dominaram as telas de cinema ao redor do mundo.
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Não tenho certeza se é o último papel de John Wayne. No filme, ele faz um velho pistoleiro com câncer, que tem pouco tempo de vida e por isso retorna para sua cidade natal. Lá ele se hospeda na casa de uma viúva magistralmente interpretada por Lauren Bacall e contracena com o médico, interpretado por James Stuart, e com o ladrão de gado transformado em rancheiro, papel de Richard Boone, todos grandes nomes da época dos “westerns”.
O filme é uma alegoria, que mostra o fim da era dos aventureiros do velho oeste dando lugar aos bons cidadãos, pessoas com profissões dignas, em casas modernas, com os confortos do tempo facilitando suas vidas.
Como não poderia deixar de ser, o grande momento é o duelo final, em que todos os personagens clássicos dos filmes do velho oeste morrem, ou melhor, se matam.
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No tiroteio dentro do saloon, o ladrão de gado, o jogador, o valentão e o pistoleiro se enfrentam num duelo previamente combinado, no qual o grande prêmio é matar o último pistoleiro vivo e assim ter seu nome lembrado na saga dos aventureiros que desbravaram o oeste.
Fazia tempo que eu não assistia “O Último Pistoleiro”. Apesar de sua idade e do tema fora de moda, o filme continua atual. Vale a pena assisti-lo.
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