Outono é outono
Com ou sem mudanças climáticas, outono é outono. Pode variar um pouco mais ou um pouco menos, mas o fato absoluto, direto, irrefutável é que os meses de outono têm como grande diferença a cor do céu. O céu do outono é mais azul, mais profundo e isso já é quase tudo.
É no outono que as paineiras florescem e também fazem a diferença. Na florada, as paineiras ficam cobertas de flores cor de rosa, que atraem os sabiás, que abrem o bico e contam pra elas as novidades do mundo.
Em troca, se escondem no meio das flores e ficam praticamente invisíveis, protegidos dos inimigos naturais e dos não tão naturais assim. Sabiá é bicho esperto. Daqui a pouco começam a cantoria da madrugada para conseguir acasalar e encher os céus da cidade grande com milhares de sabiás laranjeiras, que já moraram nas fazendas, mas hoje não trocam a vida na cidade grande por nada neste mundo.
O outono consegue levar a máxima de que São Paulo tem as quatro estações num único dia à perfeição. No outono, as estações se sucedem regularmente e, num período de 24 horas, verão, primavera, outono e inverno se cruzam e se sucedem, numa festa que aumenta sobremaneira as chances da gripe te pegar.
Por falar nisso, você já se vacinou contra a gripe? Não brinque! Em época de pandemia de coronavírus, se vacinar contra a gripe é medida de sobrevivência. Ato inteligente que separa o mel da azeitona, a saúde da doença, o coronavírus da gripe.
Pelas características da estação, a gripe nada de braçada nos meses de outono. Não só ela, mas as doenças respiratórias em geral. O resultado é a lotação dos hospitais infantis.
Mas o mais típico é que no outono amanhece primavera, ao meio-dia é verão e de noite é inverno. Haja saúde para tanta mistura…
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