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Os Jogos Olímpicos e os valores humanos

Os Jogos Olímpicos são o melhor exemplo de todas as virtudes humanas. Neles, o que temos de melhor explode em competições sadias, em disputas acirradas, em provas decididas nos detalhes, em interpretações mais ou menos subjetivas, mas nem por isso erradas ou feitas de má fé.

Seguem, de alguma forma, uma linha de pensamento que, dependendo da decisão, vai agradar fulano e desagradar beltrano, mas não há como dizer que alguém foi deliberadamente tungado, até porque as notas não são dadas por um único árbitro.

Os Jogos Olímpicos foram pensados para ter essas características. Aliás, são elas que fazem toda a diferença, que dão suporte para o evento e convidam a humanidade a participar, ainda que à distância, do frenesi dos dias em que os jogos ocorrem, em que medalhas são disputadas, em que lágrimas e sorrisos se misturam e se confundem, externando sensações e sentimentos gerados pelas provas, pela colocação dos atletas, pelos recordes quebrados e pelas derrotas, que fazem parte da vida.

As Olimpíadas são uma catarse, um encontro com o destino, a mobilização de todos os povos das nações participantes e dos participantes sem nação, mas com todas as qualidades para competir de igual para igual e vencer com honra os demais atletas.

Estes jogos tiveram singularidades que o fazem único na longa história das Olimpíadas modernas. Não houve torcedores, não houve plateias empurrando seus atletas, não houve o grito do público comemorando uma vitória ou lamentando a derrota.

Mas houve entrega, houve espírito olímpico e houve o reconhecimento e a consolidação da diversidade. Quem sabe seu resultado mais importante. Daqui pra frente, o mundo não tem mais como excluir, negar ou não aceitar cada um da forma que cada um quer ser. Isto não tem preço.

 

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.