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A esperança olímpica

A cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Tokio é a certeza da vitória do bom sobre o ruim, da esperança sobre o feio e o triste que ameaça o ser humano.

Ver centenas de atletas de centenas de países entrando juntos, de bem com a vida, confraternizando uns com os outros, independentemente de bandeiras, de cores, de posições políticas, de acordos e desacordos de seus líderes, é a certeza de que o ser humano vai vencer e que a possibilidade de um mundo melhor está um pouco mais à frente.

Tanto faz os assassinos, os genocidas, os imbecis, as bestas feras que ocupam os cargos de poder, o ser humano é melhor do que eles e eles vão passar como todas as bestas feras passaram, como os monstros ficaram na história, tristes lembranças de momentos trágicos, de situações dramáticas, de horror e do medo do horror.

A cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos traz na marcha informal dos atletas e de suas bandeiras, um ao lado do outro, uma ao lado da outra, todos, lado a lado, a lágrima de alegria que cai na confraternização solta de poucas centenas de pessoas representando o abraço de bilhões de pessoas, todas irmanadas pelos sentimentos de amizade, solidariedade e respeito que cada ser humano, independentemente de gênero, cor, hierarquia, religião ou riqueza, merece e tem direito.

Os Jogos Olímpicos são a prova de que dá. Que tanto faz o grau de boçalidade dos que estão no poder, o ser humano é muito melhor do que eles e por isso a promessa do final feliz é real e em algum momento se erguerá, a cada manhã, de polo a polo, no amanhecer de todas as nações.

Não há pandemia, não há líder político, não há genocida, capaz de vencer o ser humano unido. E essa união é possível. Os Jogos Olímpicos são mais que o exemplo, são, sim, mais um passo nesta longa marcha.

 

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.