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Dia do meio ambiente

Dia do meio ambiente deveria ser igual ao dia da mulher. Todo dia é dia da mulher, então todo dia é dia do meio ambiente. Mas isso é na teoria. Na prática, o dia do meio ambiente é igual ao dia da mulher. Nem todo dia é dia da mulher, então, nem todo dia é dia do meio ambiente.

Tem algo de errado na sequência das coisas. OS fatos mostram um profundo mal-entendido, mas será que o mal-entendido é apenas culpa dos homens ou todos têm culpa nessa culpa?

É loucura, mas é assim e, se o dia do meio ambiente deveria ser igual ao dia da mulher, a igualdade se aplica à constância, não à semelhança.

Mulher é mulher e meio ambiente é meio ambiente. Não há dúvida que a forma mais bela do meio ambiente é o corpo da mulher. Da mesma forma, não há dúvida que um meio ambiente saudável faz bem para a mulher.

Os fins e os meios se entrelaçam nessa estrada, mas entre o meio ambiente e a mulher há diferenças expressivas, a começar pela relativa importância da mulher para o meio ambiente e a enorme importância do meio ambiente para a mulher.

Se o ser humano desaparecer, o meio ambiente ficará grato, ou não, mas tocará em frente sem maiores problemas, como aconteceu quando os dinossauros desapareceram.

Mas se o meio ambiente mudar, como está acontecendo, o ser humano será afetado e a mulher pode perder seu espaço no planeta.

Mais que nunca o dia do meio ambiente precisa ser todos os dias. Não é possível imaginar um mundo sem a mulher, mas para a mulher ter seu lugar no mundo, não é possível um mundo com o meio ambiente degradado.

Pense nisso. É questão de inteligência ter um mundo em que todo dia é dia da mulher, da mesma forma que faz sentido um mundo em que todo dia é dia do meio ambiente.

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.