No domingo, muita calma

Domingo nós vamos votar. Eleger presidente da república, senador, governador, deputado federal e deputado estadual. A eleição é o ponto máximo da maturidade política de um povo. É o momento em que a sociedade diz o que quer, como quer e para o que quer. É através dela que se consolida a vontade popular. Ainda que com erros e distorções, é a hora da verdade, quando o povo exerce seu direito de escolher o que quer.

O Brasil está dividido, polarizado como nunca esteve antes na nossa longa história de duzentos anos de vida independente. Esta polarização não é boa e tem levado a uma série de desmandos completamente fora de contexto, até porque somos uma única nação, com todos seus defeitos e qualidades. E nossas qualidades são maiores do que nossos defeitos.

Já fomos chamados de povo cordial. Hoje o apelido não faz sentido, não é verdade, não é isso que vemos ou vivemos. O grau de intolerância subiu para índices inimagináveis. As verdades absolutas atingiram picos fora da curva e o mais complicado é que não existe verdade definitiva, muito menos uma melhor do que a outra. O que existe são pontos de vista, interesses válidos, posições ideológicas legítimas, mas que não salvam o mundo e muito menos trazem a felicidade eterna para os povos.

Domingo é a hora de escolhermos o Brasil que nós queremos para os próximos anos e todas as escolhas são válidas. Você pode querer isso, eu posso querer aquilo, mas, depois das eleições, os vencedores governarão pra todos os brasileiros e as individualidades terão que ser respeitadas, as minorias terão que ser respeitadas, as ações sociais terão que ser implementadas e o país terá que girar, de um jeito ou de outro.

A democracia é a pior forma de governo que existe. Pena que não inventaram outra melhor. Então, em respeito à nossa democracia duramente construída, vamos votar, mas vamos votar sem ódio e sem excessos.