Bons serviços merecem recompensa
[Crônica do dia 10 de julho de 1998]
Faz alguns anos que entre os meus programas de fim de semana está pedalar pela cidade. Antes era pela Cidade Universitária, agora é pela cidade mesmo, porque a Cidade Universitária, nos domingos, não permite mais que os mortais comuns entrem nos seu parque, seja lá para o que for, ou quase assim.
Pedalar, como é óbvio, implica em se ter uma bicicleta, e se ter uma bicicleta, nos dias de hoje, implica numa série de situações, algumas complexas, outras nem tanto, que lhe permitam ter, além da bicicleta, a manutenção indispensável para que a maquininha movida a força humana desempenhe o seu papel.
Aliás, chamar uma bicicleta moderna de maquininha é só força do hábito. De verdade, a engenhoca incorpora tecnologias fantásticas, que nos levam a repensar a frase “reinventar a bicicleta”.
Quando eu comecei a pedalar, ainda sem saber se iria gostar do programa, minha primeira bicicleta era razoavelmente simples, com um câmbio de 18 marchas e mais nada.
Hoje, três bicicletas depois, a atual incorpora melhorias inacreditáveis, como quadro de alumínio, amortecedores dianteiros, amortecedor no banco, molas e espuma no banco, olhos de gato na frente, atrás, nas rodas e nos pedais, espelho retrovisor do lado esquerdo e, pasmem, computador de bordo.
É tecnologia para ninguém colocar defeito. E quem fez e faz tudo isto para mim é uma loja na rua Camargo, logo depois da avenida Vital Brasil, chamada Ciclovece.
Eles são ótimos, desde o preço que cobram pela primeira bicicleta, até os rolos todos que são possíveis de serem feitos para manter-se atualizado com o que existe de mais moderno no assunto.
O resultado é que já tem alguns anos que eu só levo minha bike lá, seja para trocar o pneu, que também fura, seja para comprar alguma coisa nova que melhore o meu desemprenho.
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