Sorvete
Sorvete é uma das grandes invenções da humanidade. Não sei quem foi o gênio que criou o sorvete, nem sei se é uma invenção individual ou uma obra coletiva, em permanente evolução e aperfeiçoamento, com erros e acertos, como acontece todas as vezes que o ser humano se mete a fazer alguma coisa.
Também não sei quantos anos tem o sorvete, nem qual o mais antigo, mas imagino, por causa do gelo, que é não é uma invenção egípcia, como a cerveja, que é tão boa quanto o sorvete, e que já era produzida alguns mil anos atrás, às margens do Nilo.
Todo sorvete, em princípio, é bom. Cada um gosta do sorvete que gosta, mas não gostar de um sabor ou de uma consistência não significa que aquele determinado sorvete não é bom, significa apenas que você prefere outro.
Tem sorvete de tudo que é jeito, fabricado de diferentes formas, com diferentes ingredientes, que variam do leite à água, passando pelos sucos de frutas e outras possibilidades.
Das grandes marcas industriais aos sorvetes das pequenas sorveterias das cidades do interior, a diversidade é o diferencial que faz o sorvete ser o sorvete, sem preconceitos, sem diferenças, com julgamentos gustativos subjetivos, de acordo com o paladar de cada um.
Um sorvete que eu nunca esqueci e que até hoje vive na minha memória, apesar de terem se passado perto de sessenta anos, é o sorvete de nata com limão da Sorveteria Guarujá, desaparecida há décadas.
Atualmente, a variedade é imensa e alguns sorvetes autorais provavelmente são tão bons quanto os da Sorveteria Guarujá, mas tem lembranças que ajudam a construir nossa história e que dão suporte à nossa jornada. O sorvete de nata com limão da minha infância é uma delas.
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