O ser humano também é responsável

Não adianta negar, muito do que está por aí é culpa nossa, ou tem interferência nossa. Começando pelas mudanças climáticas e pelo aquecimento global, o dedo do ser humano está em toda parte, com resultados desesperadores porque, em vez de gerar riqueza, bem-estar e felicidade, está criando um ambiente hostil, onde eventos de origem climática crescem em força e frequência.

Não, não é uma vingança da natureza. A natureza está pouco se lixando para o que está acontecendo. Quem está mal na foto somos nós. Quem pode desaparecer somos nós. As baratas seguirão seu caminho, exatamente como aconteceu na extinção dos dinossauros, e outras espécies ocuparão nosso espaço, como também fizemos milhões de anos atrás.

Esses eventos, no Brasil, basicamente tempestades de todos os jeitos, atingem as áreas habitadas, da mesma forma que atingem áreas sem seres humanos por perto e passam o rodo, com a sem cerimônia de quem está cumprindo seu papel na longa aventura do planeta.

A destruição vem do céu com a falta de clemência de quem não sabe o que é clemência ou compaixão. As tempestades não são tempestades e cumprem seu papel dentro de um roteiro que nós não entendemos, mas que cobra seu preço e nos atinge de frente.

Só que nós vamos além. Depois de aquecer o planeta e gerar as mudanças que nos ameaçam, ainda por cima colaboramos para aumentar os estragos.

A quantidade de lixo que boia nos rios que cortam São Paulo depois das tempestades é assustadora. São toneladas e toneladas de tudo que se puder imaginar boiando nas águas poluídas. E não tem desculpa. Foram pessoas que jogaram esse lixo em qualquer lugar, entupindo bocas de lobo, bueiros e outros escoadouros. O resultado é esse: o que é ruim fica pior.

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