Recebi uma carta

Recebi uma carta com votos de feliz ano novo. Pouca coisa está mais fora de moda do que escrever cartas. Quem sabe um aparelho de fax, ou uma bina.

Recebi uma carta e é muito bom receber cartas. Quando morei na Alemanha, lá se vão 40 e tantos anos, eu tinha uma vasta e intensa correspondência com amigos, amigas, pais, irmãs, grandes amores, enfim gente de todo tipo, próximos e distantes. As cartas fluíam, escritas nas folhas azul claro dos blocos de cartas aéreas alemãs.

Era gostoso escrever e era mais gostoso ainda receber uma carta, com as novidades esperadas e as não esperadas, às vezes boas, às vezes não tão boas, mas sempre aguardadas, sempre com frio na barriga, como se o destino do mundo viesse dentro de um envelope, escrito em 3 ou 4 folhas de papel manuscritas.

Depois, os anos foram passando e as cartas foram sendo substituídas por outras formas de comunicação, como os velhos tambores e os sinais de fumaça que foram perdendo espaço nas formas de comunicação.

Hoje, o whatsapp e seus similares ocupam o espaço da comunicação interpessoal. Nem o e-mail consegue competir com as redes sociais e sua velocidade alucinante para criar e para esquecer. Estamos perdendo a memória, e isso é complicado.

Mas, voltando ao começo, recebi uma carta do jornalista e apresentador Hugo Rocha, da Rede Vida de Televisão. Uma carta de boas festas, uma carta gostosa, com palavras gostosas e mais que isso com um sentido bom, uma vibração positiva.

Obrigado meu amigo, Hugo Rocha. Você não imagina como foi gostoso abrir o envelope e ler a carta que você me escreveu.  Para você também, um 2026 de paz, luz e muita felicidade.

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