Recuperação do Sistema Canteira

O plantio de 100 mil mudas de árvores ajudará na produção de água, proteção dos mananciais e na restauração do habitat de animais

O programa Raízes da União, uma parceria da indústria farmacêutica União Química, com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê), prevê o plantio de 100 mil mudas de árvores nativas no entorno do Sistema Cantareira. Segundo o levantamento do Atlas do Sistema Cantareira, uma publicação do Instituto Ipê, 21 mil hectares precisaram ser restaurados ou incrementados em áreas de preservação permanente, nas proximidades de nascentes, rios e riachos.

O Sistema Cantareira é um dos maiores sistemas de abastecimento de água do mundo, responsável por atender cerca de 7,6 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo e 5 milhões nas regiões de Campinas e Piracicaba. Também de acordo como Atlas do Sistema Cantareira, a falta de cobertura vegetal prejudica a resiliência do Cantareira e as áreas que deveriam estar cobertas por florestas, estão praticamente devastadas.

A inciativa começará ao redor da represa Atibainha, em Nazaré Paulista. As plantas escolhidas são típicas do bioma Mata Atlântica, predominante na região. Segundo o Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê), as árvores irão ajudar não só na produção de água e proteção dos mananciais, como também na restauração do habitat de animais ameaçados de extinção.

As cidades de Guarulhos, Taboão da Serra e Embu-Guaçu também serão contempladas no projeto e até Minas Gerais, onde nascem alguns dos mananciais formadores do Sistema Cantareira. Outra iniciativa no entorno do Sistema Cantareira é da Sabesp. Responsável pela operação do sistema, na última década, ela reflorestou 1,2 mil hectares nas margens da represa, o que equivale a uma floresta com 1,6 milhão de árvores.

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