Agora é Trump

O mundo gira e a vida roda, agora é Trump. Para o bem ou para o mal, agora é Trump e será assim pelos próximos anos. O que ninguém sabe é o que isso quer dizer. Pode ser que sim, pode ser que não, ou pode ser o contrário de todos os contrários, invertendo o metaverso das grandes corporações que o apoiam ou as expectativas dos outros países, ricos, não tão ricos e pobres.

Agora é Trump. Tem quem ache que para o Brasil pode não ser muito bom. Pode ser e pode não ser. Os americanos são, antes de tudo, pragmáticos. Um presidente gostar do outro não é básico. Básico é fazer negócio e o Brasil faz negócio e todo mundo ganha dinheiro. Então pode não acontecer nada mais sério, exceto meia dúzia de posições para inglês ver, sem qualquer interferência no mundo real.

Além disso, entre suas prioridades, estão temas muito mais importantes, desde lidar com as guerras em curso até a improvável anexação da Groenlândia, passando pela retomada do Canal do Panamá.

Quem tem pepinos desse tamanho não tem tempo para perder com alguém que tem pouco peso no cenário internacional.

Mas se o Brasil não é peça chave, Alemanha, França e os demais países da União Europeia são e podem ter que cantar de galinha. Vai depender da pressão colocada sobre eles.

O grande traço do novo presidente é a imprevisibilidade e sua sem-cerimônia. Ele faz o que quer e da forma que quer. Com o controle do Congresso, o apoio da Suprema Corte e a boa vontade das grandes empresas, o cenário é de mar de almirante. O que ninguém sabe é o que vai sair disso e todo mundo está com medo. Como não tem o que fazer, o jeito é gostar de Coca Cola, usar IPhone e assistir o Oscar.  

___