Dante Alighieri
[Crônica de 24 de novembro de 2009]
Ao longo de minha vida de estudante, então regularmente matriculado nos três níveis de ensino brasileiro passei apenas por três instituições. O Mundo Infantil, o Colégio Dante Alighieri e a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Nada que não seja a regra na vida da maioria das pessoas que seguiram a mesma ordem por ser a ordem em vigor à época.
Mas passados exatos 39 anos desde que fiz o vestibular do Cesea, ainda sinto saudades do Colégio Dante Alighieri. Volta e meia me pego lembrando antigas histórias, boas e ruins, ao longo da minha passagem pelos seus bancos. Afinal, foi o primário, o ginásio e parte do clássico. Não me formei no Dante porque fui convocado para o exército e em função de uma reprovação inesperada, mas merecida, fiquei atrasado para me inscrever no CPOR.
O jeito foi fazer Madureza e recuperar o tempo perdido, o que me colocou na faculdade com 18 anos recém feitos e me permitiu cursar o CPOR. Ao longo de onze anos entre primário, ginásio, e clássico conheci gente legal, fiz bons amigos, e construí, com eles, uma história que até hoje dá saudades e faz bem recordar.
Tive professores fantásticos e outros não tão fantásticos. Conheci secretárias maravilhosas, vigilantes terríveis, diretores rigorosos e entre eles, um que sei lá por que motivo gostava de mim. O professor Demo. Parte do meu sucesso no Dante Alighieri tem o dedo dele.
Foi uma época marcante. Com aulas sábados e sem aulas sábados. Sem uniforme ou com uniforme, tive sempre ótimos amigos.
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