Praça Wendell Wilkie

Praça Uendel Uilque ou praça Vendel Vilquie? O nome é difícil, como eram as encostas da praça, antes de construírem as escadas que sobem a pirambeira, ligando o alto do morro ao largo do postinho do Pacaembu, justamente a praça Wendell Wilkie. Desde quando eu era menino, nos anos 60,…

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O buraco malvado

A senhora vai andando pela rua da moda, olhando as vitrines cheias de tentações irresistíveis, quando, de repente, pleq! O barulho vem como um aviso do ato seguinte, quase imediato ao pleq, o desequilíbrio, o tropeção, o tombo e o joelho esfolado, saindo pela meia rasgada. Foi mais uma vítima…

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As rodoviárias

Promessa e castigo. Sonho e desilusão. Vida, acima de tudo vida, correndo, na chegada ou na partida de um ônibus para qualquer destino. A nós, que importa o roteiro, se não estamos nele, nem viemos, nem vamos, agora ou depois. Mas quanto de poesia tem na plataforma escura aonde chegam…

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A festa do verão

Verão é festa, é cor, é vida explodindo na vida que corre solta no suor escorrendo pelo corpo queimado de sol, andando com ginga num compasso completamente diferente dos outros dias do resto do ano. Verão é calor esquentando a alma, nos olhos que sorriem mais que a boca, convidando…

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O ipê da frente da casa onde cresci

Eu cresci numa casa gostosa e ampla, construída por meus pais, no bairro do Pacaembu. Foi uma casa boa, que deixou lembranças boas e onde, na média, a vida correu feliz. No jardim da casa tinham árvores, cada uma a seu modo, com uma história. Na lateral direita, tinha um…

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A mancha ao longe

De repente, sem nenhuma razão especial, você olha para um lado e vê, longe, quase no horizonte curto da cidade, uma mancha destoando do cinza padrão que faz mais triste o cinza do céu e o cinza triste do dia das pessoas que têm medo e passam por essa vida…

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Gostas de cachorros

Tem gente que gosta e tem gente que não gosta de cachorros. Também tem gente que gosta muito e gente que gosta, mas gosta menos, sem que isso queira dizer que não pode, ou não quer ter um. Mas as manias e predileções vão além. Tem gente que gosta só…

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As cerejeiras paulistanas

Eu não conheço o Japão. Por isso nunca vi as cerejeiras do monte Fuji. Aliás, por isso, nem sei se o monte Fuji tem cerejeiras. Mas eu gosto de pensar que tem e que elas são as mais bonitas de todas, inclusive do que as cerejeiras de Washington que são…

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Ainda uma vez o centro velho

Eu sou apaixonado pelo centro velho de São Paulo. Mesmo deteriorado, eu gosto daquele pedaço da cidade. Eu me habituei com ele no começo dos anos 70, quando entrei na Faculdade de Direito e, daí pra frente, por prazer ou por dever profissional, nunca mais deixei de cruzar suas ruas,…

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Redundância

Dizer que eu amo as flores é reforçar o que eu digo desde outubro de 1992, quando comecei escrever as “Crônicas da Cidade” e leva-las ao ar pela rádio Eldorado. Mais que isso, é voltar no tempo, para a época em que me metia no mato da fazenda e ficava…

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