A CET piorou
Não dá para desconversar. A verdade é que, com a pandemia do coronavírus, a vida no planeta de forma geral piorou. Ricos e pobres, todos perderam qualidade de vida, todos perderam saúde mental e física, todos perderam espaço, liberdade de movimento, possibilidade de fazer ou não fazer.
Uns perderam mais do que outros, mas todos perderam muito e a regra é ampla, geral e irrestrita, se aplica a todo o planeta, indistintamente, independentemente de sexo, gênero, religião, time de futebol, linha política, neurose ou outro fator que nos diferencia de outras formas de vida, sem, todavia, alterar a essência do ser humano.
É verdade, a vacina reduz o potencial das perdas, principalmente no que toca a perda máxima, a perda da vida. Mas mesmo ela não é capaz de zerar todos os prejuízos arcados pelas pessoas que habitam o planeta.
Hoje, estamos bem na foto dos países imunizados, mas demoramos e isso custou caro para centenas de milhares de brasileiros, que perderam a vida pela adoção de políticas equivocadas e tolices inomináveis.
Mas, se não estamos mais morrendo feito moscas, a qualidade de vida caiu em todo o Brasil. São Paulo não é exceção e uma das vertentes mais visíveis é a piora evidente do trânsito da cidade.
Se, antes da pandemia, São Paulo sistematicamente parava, agora, depois da pandemia, São Paulo para como dois mais dois são quatro. Para no atacado e no varejo, nas pequenas ruas e nas grandes avenidas. Para, simplesmente para, sem necessidade de adjetivo.
Uma das vantagens dos fatos incontroversos é que eles expõem e dão transparência a realidades nem sempre evidentes.
No caso do trânsito paulistano, o que parecia impossível aconteceu. Com ajuda da pandemia, a CET conseguiu piorar.
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