Precisa mudar os uniformes
Não há dúvida, os funcionários públicos e de empresas concessionárias de serviços públicos em São Paulo andam bem fardados, em roupas teoricamente apropriadas. Não quer dizer que sejam bonitas. A maioria não é, mas isso não seria motivo para queixa, na medida que elas não são feitas para serem bonitas, são feitas para proteger o cidadão dos percalços que sua atividade profissional pode jogar no seu caminho.
Quanto à beleza, ela é secundária. Se bem que não teria razão prática para não confeccionar as fardas em cores mais alegres e até mais chamativas do que as atualmente utilizadas.
Pode ter alguma coisa mais feia do que a farda dos marronzinhos? É verdade, pela sua postura no trânsito eles não merecem nada mais bonito, mas será que é pertinente a própria empresa onde trabalham os obrigar a usar uma farda tão feia?
Deixando o conceitual de lado para entrar no que realmente interessa, as fardas, ou a maioria delas, são confeccionadas em tecido grosso, que, pela falta de ventilação, se torna extremamente quente, ainda mais nos dias alucinadamente quentes que têm feito e que devem esquentar mais ainda nos próximos meses.
Trabalhar pesado, debaixo de um sol escaldante, com temperatura próxima dos 40 graus celsius é tortura e das bravas. Mas fica pior ainda em função das roupas que esses trabalhadores usam e que esquentam mais ainda o que já está perto do ponto de combustão.
Seria interessante se pensar no assunto o mais rapidamente possível para providenciar fardas mais adequadas, feitas de tecidos com ventilação e assim evitar que os trabalhadores, como o pessoal da limpeza urbana, que usa as mais pesadas, passem mal. Seu trabalho já é duro pela própria natureza. Transformá-lo num suplício é uma crueldade.
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