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Precisa mudar os uniformes

Não há dúvida, os funcionários públicos e de empresas concessionárias de serviços públicos em São Paulo andam bem fardados, em roupas teoricamente apropriadas. Não quer dizer que sejam bonitas. A maioria não é, mas isso não seria motivo para queixa, na medida que elas não são feitas para serem bonitas, são feitas para proteger o cidadão dos percalços que sua atividade profissional pode jogar no seu caminho.

Quanto à beleza, ela é secundária. Se bem que não teria razão prática para não confeccionar as fardas em cores mais alegres e até mais chamativas do que as atualmente utilizadas.

Pode ter alguma coisa mais feia do que a farda dos marronzinhos? É verdade, pela sua postura no trânsito eles não merecem nada mais bonito, mas será que é pertinente a própria empresa onde trabalham os obrigar a usar uma farda tão feia?

Deixando o conceitual de lado para entrar no que realmente interessa, as fardas, ou a maioria delas, são confeccionadas em tecido grosso, que, pela falta de ventilação, se torna extremamente quente,  ainda mais nos dias alucinadamente quentes que têm feito e que devem esquentar mais ainda nos próximos meses. 

Trabalhar pesado, debaixo de um sol escaldante, com temperatura próxima dos 40 graus celsius é tortura e das bravas. Mas fica pior ainda em função das roupas que esses trabalhadores usam e que esquentam mais ainda o que já está perto do ponto de combustão. 

Seria interessante se pensar no assunto o mais rapidamente possível para providenciar fardas mais adequadas, feitas de tecidos com ventilação e assim evitar que os trabalhadores, como o pessoal da limpeza urbana, que usa as mais pesadas, passem mal. Seu trabalho já é duro pela própria natureza. Transformá-lo num suplício é uma crueldade.

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.