Carro blindado é complicado
Muita gente acha que a solução para se andar de carro em São Paulo é blindar a máquina. Muita gente acha que não é. Então, entre os dois grupos a única certeza é que não há certeza, de nada.
Tem quem goste dos blindados pela confiança que a blindagem dá contra os assaltantes que ameaçam sua segurança, em franca contraposição com a Secretaria de Segurança que apresenta estatísticas que mostram a queda de quase todos os crimes em São Paulo.
Tem quem goste dos não blindados por várias razões, entre elas ser mais barato do que o blindado, e ser mais leve do que o blindado. As duas são válidas e não entram em choque com os números oficiais ou melhor, ajudam as estatísticas nos casos em que os assaltantes quebram o vidro do passageiro e se mandam com o celular roubado de cima do painel.
Como gosto não se discute, não entro no mérito de ser blindado ou não ser blindado como uma certeza nacional. Não é. Graças a Deus não é porque como dizia Nelson Rodrigues a unanimidade é burra.
Mas uma coisa eu tenho que reconhecer, ter carro blindado dá mais trabalho do que comprar um carro não blindado, até quando a blindadora é homologada pela montadora.
Você compra o carro e manda blindar, quer dizer, já leva mais tempo para receber o veículo. Pior que isso, a blindadora comete algum tipo de falha e o carro tem que ficar mais tempo para corrigir a falha e ser entregue em perfeitas condições de uso. Das mais comuns é entrar água pelo encaixe do vidro da frente ou de trás, que por alguma razão não encaixa como deveria. Mas pode ser outro problema, o risco pode ser seu.
De qualquer forma a sua concessionária, pede desculpas pelo acontecido, diz que vai ficar tudo bem, te empresta um caro reserva e garante que em breve seu carro será entregue. Mas breve é muito relativo.
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