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Relógios

Quem se lembra do relógio da Willys, que depois virou relógio do Itaú e ficava em cima do Conjunto Nacional?

As batidas do relógio do Mosteiro de São Bento serviam para marcar as seis da tarde nas rádios que tocavam música caipira, muito antes de serem rebatizadas de sertanejas.

Apesar do ser humano achar que controla o tempo, o tempo sempre controlou o ser humano. O relógio serve para mostrar isso. Está na hora, está atrasado, está adiantado. Inexoravelmente, os ponteiros mostram cada realidade e suas consequências.

O inglês chega na hora, o alemão chega cinco minutos antes porque pode furar um pneu ou algum outro tipo de contratempo o faz se atrasar.

No Brasil, um Presidente da República sem muita noção de protocolo, achava que bonito era chegar atrasado, hábito comum a outro político mais ou menos famoso. O que os dois nunca perceberam é que atrasar não é prova de poder, é só falta de respeito.

Os relógios marcam as horas, marcam os momentos bons e ruins da vida, marcam a passagem do tempo e servem de contraponto e explicação para os cabelos brancos que lentamente chegam.

Mas os relógios fazem mais. Os relógios podem ser fonte de prazer. Tem quem os colecione, quem os ache bonitos, quem goste de tê-los como prova de status, quem os roube, etc.

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Alguns relógios são verdadeiras joias, no sentido do termo. Feitos de ouro, cobertos de pedras preciosas, valem muito. Outros servem para os atletas, ou são desenhados para os jovens, ou feitos para os mais velhos.

Mas ainda que sendo peças cobiçadas, os relógios de pulso vão perdendo espaço para as engenhocas modernas. Boa parte das pessoas hoje em dia prefere ver as horas em seus celulares.

Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.