Para baixo das alamedas
As alamedas atualmente se chamam jardins. É curioso como a indústria imobiliária muda os nomes da cidade, de acordo com seus interesses, valorizando com o nome do vizinho, áreas que não faziam parte dele.
Os jardins começavam para baixo da rua Estados Unidos, onde tem início o Jardim América, nome dado em homenagem a esposa do proprietário do terreno, Dona América Sabino.
Para baixo dele fica o Jardim Europa, loteamento de um português que imaginando que o nome do outro jardim fosse uma homenagem ao continente americano, batizou seu empreendimento de Jardim Europa.
Para quem olha das alamedas, a direita do Jardim América e do Jardim Europa fica o Jardim Paulistano, bairro dos mais simpáticos da cidade, localizado entre a rua Gabriel Monteiro da Silva e a Avenida Rebouças.
A esquerda fica o Jardim Paulista, que sobe mais seguindo o curso da Avenida 9 de Julho e que do outro lado faz divisa com a Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, quase desaguando no Parque do Ibirapuera.
Toda essa região tem como característica principal, nestes tempos de ar poluído, uma imensa área verde que a faz deslumbrante, vista de cima, e muito agradável, se estando nela.
Não é por outra razão que aí está o metro quadrado residencial mais caro de São Paulo. Qualquer casa em qualquer destes bairros custa muito mais caro do que uma equivalente em qualquer outra área da cidade.
É pena que o trânsito comece A cobrar seu preço e que várias ruas não sejam mais tranquilas, como eram até alguns anos atrás. Agora, se transformaram em passagem e aí o barulho pega.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.