Sem vacina para todo mundo
Não adianta espernear, nem fazer demagogia barata. A verdade dura, nua e crua é que não tem – e vai demorar para ter – vacina para todos os brasileiros. E sem vacina não tem o que fazer, a pandemia segue em frente, cobrando diariamente sua quota de mortes.
Culpa nossa. Nossa? Não, do Governo Federal, que está aí e que fez que a pandemia não existia, da mesma forma que faz de conta que toma conta de alguma coisa, mas não toma, como se vê na economia, onde o ministro grita, diz que faz e acontece, mas ainda não aconteceu quase nada e o pouco que aconteceu não foi mérito dele.
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Ainda bem que o Ministro da Saúde é reconhecidamente um expert em logística. Imagine se não fosse!
Se, sendo, falta tudo e mais um pouco, começando pelas seringas para a vacina e pelos testes para AIDS, HIV e hepatite, imagine se ele fosse só um general de intendência, que obedece aos destemperos do presidente.
A politização da vacina é feia, é indecente, é crime. Os brasileiros estão morrendo porque o Governo Federal não fez a lição de casa e agora, com a inflação subindo para completar o quadro, não sabe como sair do enrosco ou colocar a culpa em outro.
Não tem outro. A culpa é integralmente do Governo Federal que rotulou a pandemia de gripezinha, disse que macho que era macho não pegava ou, se pegasse, tirava de letra e que, no fim do ano, com o número de mortes subindo, garantiu que a pandemia estava no finalzinho.
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O fim do ano passou e as mortes de brasileiros seguem firmes e fortes, enquanto boa parte do mundo vacina suas populações.
Muitos anos atrás, numa viagem para Nova Iorque, o então presidente alugou uma limusine branca. Que vergonha! Mas, perto de agora, que saudade daquele presidente. Ele só alugava limusine branca.
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