Bibliotecas
Não tenho a pretensão de ter no Brasil uma biblioteca comparável à Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.
Aliás, a afirmação vale para todos os países do mundo. Ninguém tem uma biblioteca como a do Congresso Norte-americano. Ela é muito maior do que qualquer outra biblioteca, por mais rica, importante, antiga e bem-conceituada, em qualquer capital ou universidade.
Uma boa medida para aferir o grau de desenvolvimento de um país é analisar suas bibliotecas, a quantidade e a qualidade. O segundo homem mais rico da história recente, o milionário americano Andrew Carnagie, doou ou, melhor, investiu parte importante de sua fortuna na criação de mais de mil grandes bibliotecas ao redor do mundo.
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Para ele, a biblioteca era o meio mais eficaz de preparar o cidadão para os desafios da vida. E citava seu próprio exemplo: menino pobre que frequentou a biblioteca pública da Philadelphia e se tornou o magnata do aço nos estados Unidos.
O Brasil está longe de ter a quantidade de bibliotecas da maioria dos países desenvolvidos. Quem sabe, hoje, com o progresso impressionante das mídias sociais e da internet, as bibliotecas físicas sejam menos importantes do que no passado.
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É possível acessar uma enorme gama de informações através do celular, entre elas, livros de todas as naturezas. Mas isso não tira a importância e a beleza das bibliotecas.
Para não dizer que não temos nenhuma biblioteca importante, vale lembrar o Real Gabinete de Leitura, no Rio de Janeiro, ou a Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo. Para não falar nas bibliotecas das Academias Brasileira e Paulista de Letras. A pena é que estes espaços são subutilizados. O brasileiro não tem o hábito de frequentar bibliotecas.
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