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Cada um sabe de si

Quem sou eu para dizer o que é certo e o que é errado? Cada um tem sua verdade, seu código de ética, valores, vontades, fraquezas, forças, interesses, parcerias e o mais que cada pessoa pode ter para tocar a vida.

Cada um sabe de si. Do que quer fazer, do que tem que fazer, do que pode deixar de fazer.

Querendo ou não, eu não sou você, nem você é seu pai ou sua mãe. Muito menos avós ou irmãos. Você é você e eu te respeito da mesma forma que eu sou eu e espero que você me respeite.

Viver em sociedade implica respeitar as regras, respeitar o próximo, respeitar o resultado do jogo.

Não há duas pessoas iguais. Podemos ser semelhantes, mas não somos iguais. O humor é outro, a falta de humor é outra, a inteligência nem sempre está na mesma dimensão. Ou a força física, ou o magnetismo.

Por isso não adianta você querer que eu entenda as coisas como você entende; ou que eu ache graça no que você acha graça; ou que eu coma o que você come; ou que eu não saiba nadar porque você não sabe nadar.

Eu sei nadar, você sabe correr, o próximo sabe saltar, o distante ninguém vê direito, por isso não se sabe o que ele sabe.

Pode ser muito ou pouco, exatamente como você ou eu, como nós, ainda que semelhantes, mas diferentes.

Tanto faz a cor, a hora, o time de futebol, a religião, todos somos seres humanos, nascidos na diversidade da espécie, com mais ou menos jeito para mais ou menos coisas.

É por isso que cada um sabe de si e não adianta querer dar palpite. As pessoas só mudam quando se convencem da mudança.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.