A mensagem dos resedás
Estamos entrando nas férias. Férias escolares que foram injustamente encurtadas em nome de um ensino que, ao longo das décadas, mergulhou de cabeça na sandice, na demagogia e na incompetência que colocam o Brasil numa das piores posições entre as nações minimamente civilizadas.
Quando eu ia à escola, as férias, para os bons alunos, começavam no meio de novembro e seguiam ininterruptas, até o começo de março. Hoje os alunos entram em férias em dezembro e miseramente podem curtir o tempo de lazer até o começo de fevereiro. A pergunta, mais do que por quê, é para quê?
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O que foi que eles fizeram para merecer este castigo, deliberadamente imposto pelos nossos políticos, em grande parte, no máximo semialfabetizados, ninguém sabe.
Duvida que sejam semialfabetizados? Pergunte se a maioria sabe o que aconteceu no dia 23 de maio, ou se fazem ideia do que foi o Capão da Traição, ou se “quiser” escreve com “z” ou com “s”.
Pergunte em que ano o Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial, ou porque o dia primeiro de maio é o dia do trabalho.
Pergunte se sabem quando o Brasil instituiu o voto feminino. Mas não pergunte o que é uma Constituição Outorgada, isso é querer demais.
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Isso tudo para dizer que os resedás estão floridos e como a época da florada dos resedás é nos meses de verão, nada mais lógico do que as férias estarem aí.
Bem-aventuradas férias de verão, na qual uma grande parte da população de São Paulo se muda temporariamente para as praias e montanhas. Bem-aventuradas férias de verão, que, depois do Natal, deixam a cidade mais calma e mais amiga. Bem-aventuradas e que durem! Amém.
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