Educação e cultura são coisas sérias
Enquanto algumas dezenas de milhares de chineses estão nos Estados Unidos estudando nas melhores faculdades do mundo, no Brasil espalhou-se a lenda de que formação escolar e cultura são inúteis.
Com certeza, parte disto vem do fato de nossos governantes, nos últimos anos, não apresentarem currículo mais substancioso. Ao contrário, basta ver os nomes e apelidos adotados por importante parcela dos integrantes do Legislativo para se ter certeza de que a formação acadêmica tem muito pouca importância nas rotinas da democracia nacional.
O problema é que esse descaso, ou melhor, essa ação quase que deliberadamente implantada, tem consequências dramáticas para o futuro do país.
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Enquanto parcela significativa de nossa juventude nunca entrou num museu, na Europa e nos Estados Unidos, desde que entram na escola fundamental, as crianças são levadas aos melhores museus do mundo, acompanhadas por professores que sabem explicar o que elas estão vendo.
Enquanto parte de nossas escolas forma analfabetos funcionais, as escolas dos outros países preparam seus alunos para a quarta revolução industrial e para o uso cotidiano de tecnologias como a 5G.
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E isso não acontece apenas nas nações mais desenvolvidas. China, Índia, Rússia, Singapura, Coréia, República Tcheca, Hungria, Portugal, etc. investem maciçamente na formação de seus jovens.
A consequência é que a distância entre nós e eles aumenta cada vez mais, nos condenando a sermos eternamente uma nação de segunda classe, sem condições de competir num mundo globalizado e cada vez mais interdependente.
Para mudar nossa realidade são necessárias algumas gerações. Se nós não começarmos logo, o nosso futuro está longe de ser cor de rosa.
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