Comparando somos menos ruins do que parece
O Brasil tem feito tolices? Mais do que fazer tolices, temos falado mais do que o necessário e, como diz o mineiro: “quem fala muito dá bom dia a cavalo”.
Tem coisa errada, tem ações sem pé nem cabeça? Tem. E tem muito. Não há razão para insistirmos em temas sem nenhuma importância ou sem relevância para o país.
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Os incêndios na costa oeste norte-americana são tão ou mais violentos e destruidores do que os incêndios no Pantanal, nas serras paulistas, no Triângulo Mineiro e em outras áreas do nosso imenso território.
As chuvas que varreram o sul da França são tão brutais quanto as tempestades de desabam em Petrópolis e arrastam morros e casas com a tranquilidade de quem sabe que é mais forte.
A Amazônia é um caso à parte? É. E não tem sentido o Brasil assumir as posições que vem assumindo. Só serve para dar munição para políticos sem maiores escrúpulos fazerem a festa.
Serve como munição para politicagem barata em países que passam por problemas morais e na vida pública tão complicados como os nossos. É muito mais fácil por a culpa no Brasil do que enfrentar agricultores descontentes porque nossos produtos são mais competitivos.
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É olhar em volta para ver que os grandes líderes ocidentais, com a honrosa exceção de Ângela Merkel, são da pior qualidade. Líderes como Churchill, Roosevelt, De Gaulle, Margaret Thatcher, Elizabeth I, Catarina a Grande devem esconder as cabeças no fundo dos túmulos, com vergonha do que vai sendo feito e dito, principalmente no chamado ocidente.
Ganham os líderes chinês e russo, que nadam de braçada em cima dos outros países. E poderíamos ganhar nós também ao descobrirmos que, se somos ruins – e somos -, os outros não são melhores.
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