O verão está aí
O verão está aí. Com tudo de bom e de ruim que vem com ele. O verão está aí. Chove, não chove, inunda, não inunda. Tanto faz. O verão está aí. E fica aí até o fim de março.
As chuvas já chegaram e vieram com força, como acontece todos os anos. São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais já sentiram sua força, sofreram seus estragos e continuam alertas porque o bis é coisa de poucos segundos.
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Janeiro é férias escolares. Então, com pandemia ou sem pandemia, São Paulo está mais vazia, mais comportada dentro da loucura que são suas ruas.
É verdade que a pandemia já tinha dado um “chega pra lá” na agitação alucinada da vida da metrópole. Mesmo o isolamento social caindo de nível, as ruas da cidade, ou melhor, o trânsito da cidade está mais comportado desde o ano passado. O que muda neste verão é que não tem o tradicional chope no final da tarde, não tem a happy hour dos verões passados. Em primeiro lugar, porque não é para ter e, em segundo lugar, porque beber chope de máscara não tem graça.
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Tanto faz. Os resedás floridos, as espatódias floridas são suficientes para mostrar que para a natureza o chope humano é pouca coisa e não interfere no ritmo do universo, da mesma forma que os dinossauros perdidos nas galáxias mais distantes. Estão lá porque a eternidade é longa e os caminhos do cosmos são largos.
Verão que é verão é quente. Faz calor. O corpo sua, as praias convidam e dá vontade de deixar tudo de lado, enfrentar a estrada e se jogar de ponta cabeça, virando cambalhota, na primeira onda quebrando na arrebentação. Só que não dá. Ou dá, mas não devemos fazer. Com verão ou sem verão, nós temos pouca vacina e o coronavírus mata.
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